As palavras ficam soltas, a boca esvazia, os neurônios tinam, os olhos vidram, e o resto do corpo não há. No centro ele se neutraliza, para que você se sinta a vontade para entrar e bagunçar o resto de tudo que sempre deixei bagunçado mas, trancafiado. Fui assim evidentemente atraído pelo seu polo norte magnético.
Minha alma passeia, rodeia entre teu campo, enquanto a tua já penetraste até o centro, com toda intensidade no meu ser, deixando-me gélida e atraindo muito mais do que eu precisava. Na verdade tua alma era apenas mais uma forasteira, roubava toda força que precisava de mim, sem medo e como algo obvio demais.
E eu tão frágil, que fui sempre estancada neste polo, não pedia nada a tu, desta vez apenas cedi. E qualquer que fosse um outro pedido, era encarado como gratidão por este teu polo tão bravio. E a unica coisa que eu queria no meio daquela tua uniformidade, era a tua paz. Coisa que tu me ensinaste pouco a pouco ter sozinha, e cada vez menos em comunhão com tu.
Depois que eu nos dividi ao meio, obtive ainda mais dois ímanes, bem menores, porém eles também tinham lá o seu polo norte. Pois foi que eu vi que esses eram pequenos demais pra mim, e não conseguiam me dar a energia necessária, mesmo que monótona, mas que eu insistia em ser bom pra mim. Foi então que eu vi que os dipolos não poderiam ser separados. Pois que a tua cede em atrair era notável. E tu poderia sabotar nossa forma singular.
Porém não acreditava que poderia ainda querer atrair outros polos, talvez só alguns fluidos para nosso campo... E foi ai que eu descobri que existia outro polo sul, desta vez e tão somente desta, esse polo o atriu. Piada, ironia do destino! Pois todos sabem que só o polo norte é que pode atrair o sul.
Então, ao tragar um pouco da tua paz acho que enfim consegui evolucionar-me, igualar-me a estes teus "polos" tão agreste. E como dois polos magnéticos iguais, agora só restava nos repelir um ao outro.
Já estou cansada das pessoas, cansada desse sistema medíocre, dessa mídia que te absorve e te torna escravo do capitalismo, dessa monarquia que te cerca em todos os lugares e te deprime, te soca, e diz todos os dias o quanto você é submisso a tudo isso. Me sinto esgotada dessa comunhão que se faz o tempo todo em pirâmide. O bonito, o modinha, o rico, o popular, o pegador, o super adolescente em desenvolvimento (alcoólatra e drogado), o robusto, ou aquele mega "alternativo" que já leu todos os livros em lançamento, assistiu todos os filmes de Johnny Depp e é fã dos Beetles.
Isso tudo faz parte de uma fase, e acredito que todo mundo já passou ou passa por ela. E é claro que me enquadro neste âmbito. Afinal, são coisas que estão ai para você viver, aprender e amadurecer. E ai de mim recrimina-los, cada com o seu livre arbítrio, e não confunda a minha revolta nostálgica com preconceito, pois isso é uma coisa que eu não possuo, nem de corpo e nem de alma.
Mas a essas pessoas de nada adiantaria ouvir do monge mais sábio que não é por esse caminho, de nada vai adiantar ele te dar o mapa certo do caminho mais curto ao encontro do tesouro. Porque tu ficará tão impressionado com todas as possibilidades e devaneios que encontrará no caminho, que certamente se perderá na melhor parte dele. A parte de transição do "por aqui tu não podes" para "daqui pra frente é você quem decide". E ainda há aquele que nunca passará sequer por essa dadiva, quanto mais parar no meio de uma caminhada para admirar uma flor ou uma das fases da lua. Esses serão para sempre conformados e iludidos pelo cinza, botões, luzes sem vida e as que tiram vidas.
Me pergunto para onde vão os faróis, os gritos, as folhas? Para aonde corre as nuvens, a felicidade, as crianças?
A cada dia posso dar-lhes uma resposta diferente. E me preocupo a me fazer mais perguntas e mais ainda em responde-las com franqueza. Me ocupo com essas e outras questões inusitadas. Melhor do que me preocupar com a roupinha do fulaninho. Tudo bem, eu admito! Também deveria me preocupar muito mais com política, vestibular ou com a globalização. Mas isso envolve muitas pessoas, e ultimamente elas estão conseguido me enojar, profundamente. Então para sair à rua e não ter náuseas ou crises de risos, eu ponho uma música bem agradável, me olho no espelho e digo: Garota, tu é foda! Dai caio na gargalhada e me sinto uma derrota. Desço meu elevador e concentro as minhas forças. Passo do portão e não vejo mais ninguém, tudo a minha volta é só barulho. E é ai que começo meu interrogatório, me entretendo até meu destino.
Sempre me achei sozinha, ao ponto de pensar inúmeras vezes que se um dia eu tivesse a audácia de cometer alguma besteira, ninguém daria falta desse trapo. Minha mãe? Minha familia? Ah, esses na certa iriam acabar se habituando a rotina, mais uma vez.
E então, como na vida de qualquer um, a minha também não foi só flores! Muito pelo contrário, eu a via como um martírio sem fim. Oh! Coitada de mim. E sempre fazia litros de lamentações... Por tudo eu sofria demais, chorava até por não sei o que. Eu mesma já não me aguentava mais. Pra tudo tem um limite! E para as minhas bad's não havia, a não ser uma semaninha de folga no máximo, estourando. Pois já na outra, estava eu, sofrida, melancólica, fazendo a maluca no quarto, trancada a sete chaves.
E só quem me aturou todo esse tempo, foram vocês! Meus irmãos em outras vidas, com certeza!
Bastava uma visitinha, um telefonema, uma mensagem que fosse, eu já me sentia ótima. Sempre me aconselhando, todos vocês fizeram parte do meu desenvolvimento, e com certeza dos melhores dias e momentos da minha vida. Com vocês eu passo a maior parte do dia e certamente fazendo planos para o futuro, falando besteira, rindo, chorando, aprendendo, ensinando, brigando e fazendo as pazes. Como se fossemos mesmo uma grande familia!
Ah como eu queria um casão pra morar junto com todos vocês... Assim eu nunca mais precisaria gastar dinheiro indo em festas sem emoção ou baladas sem noção. A melhor festa do mundo ia ser sempre no nosso lar. Assim como sempre, as melhores festas são com vocês.
E se todo mundo sonha em formar uma familia, com pai, mãe, filho, cachorro e papagaio. O meu é esse: Conseguir enfiar todo mundo na minha casa, e cuidar de cada um de vocês, assim como vocês tem cuidado muito de mim durante todo esse tempo, principalmente nos últimos anos. Então eu lhes prometo fazer a melhor comida do mundo! Prometo cobrir vocês a noite! Prometo dar meu ombro e meu ouvido quando brigar com o namorado(a), a noite toda se for preciso! Prometo fazer cafuné todos os dias! Prometo também brigar do banheiro sujo e da louça na pia... Mas você poderá levar bebidas e fazer festinhas a qualquer dia, sem se preocupar com a bagunça de depois (portanto que cada um faça a sua parte, é claro).
Quero também informar que nesse cafofo a minha familia será a mais maluca e diferente possível, e sem preferências do irmão mais velho pra irmã mais rebelde. Aqui todos serão diferentemente iguais! E ninguém falará do sujo ou do mal lavado, a não ser por uma pitadinha de ciumes. Ok, aqui eu posso confessar ter as maiores iras de ciumes por amigos, acredite! Vocês são só meus, pronto e acabou!
Tenho melhores amigos pra tudo: pra sair, pra gosto musicais, pra segredos, pra beber, pra estudar, pra ri, pra contar pra todas as horas, pra ser mãe, pra ser enfermeira, pra chorar... Ufa! Acabo de descobrir que tenho os melhores amigos do mundo! Todos de jeitos super diferentes do outro. Amigos totalmente incomuns... Mas quando comigo, cada um deles me completa de um jeito.
Ah, não esqueça de agradecer a mãe de vocês por terem postos no mundo. E ai vai mais um salve ao destino e ao acaso que uniram vocês a mim. J-A-M-A-I-S esquecerei do amor de cada um!
Desconfiei que era eu, mas como já era costumeiro te culpar e a culpar a eles também, preferi hibernar em lamentações. Mais uma vez. Não mudei em nada. Posso dizer que apenas despertei. Pena que quando eu acordei estava deitada e assim quis permanecer.
Eu não sei o que é. Está escondido por trás de verdades, das minhas. Coisas que ainda não vivi, não sei, não percebi.
Estranho está sendo si contradizer o tempo todo... Não! Estranho é ter coragem de enxergar! Acredite...
E o mais estranho é caber em qualquer um, mas não caber a si próprio.
Melhor sozinho. Assim tenho mais tempo para apresentar-me, trocar ideias, encantar-me e enfim descobrir-me.
Mas uma vez acho que não estou muito certa dos meus planos; Como eu quero descobrir verdadeiramente algo que se transforma o tempo todo? Então não passarei senão de idéias e lembranças sempre incertas.
Então sozinho não sou.
Sou solta, despreza do mar cego e quebrante.
Por isso é tão difícil, pois minha caixa preta já tem barulho o suficiente, até para as vezes eu acreditar que entrei em curto, hoje talvez bem menos. Barulhos estes que o resto do cardume prefere não ouvir e/ou si espantarem, assim continuam a seguir sincronizadamente com o resto, como se tudo fosse absolutamente normal.
Tenha força! Eu me repito.
Pois agora isso tudo não me caberá mais tão confortavelmente, e então será como uma roupa que não me serve mais.
E o que você faria nesse caso? Compraria outras? Passaria essa a diante?
Bem, eu pelo menos procuro a entender como é feito, e então eu mesma posso fazer uma que me caia bem, talvez eu também ouse e crie peças novas, como gosto muito de fazer. Mas nunca esqueço que um dia aprendi e ainda estou aprendendo, lentamente, com novos instrumentos.
E mesmo assim, hoje meus olhos teimam em cair em armadilhas, coisas que dia após dia são impostas a acreditarmos, se continuarmos nesse ritmo, olhando-as fixamente sem ao menos indaga-las.

Realmente não sei o que vai acontecer daqui pra frente, pode demorar uma vida, mas se for para ficarmos juntos, não te preocupas, nós vamos nos encontrar. Desculpe por tudo isso em que te faço passar, mas eu não poderia amar-te por metade, sem que minha razão não o ame tanto quanto meu próprio coração, mesmo que esse amor tenha sido único. Todavia, ainda me sinto frágil e tão pouco madura para direcionar minha vida a tamanha responsabilidade, que é te amar tão fielmente ao ponto de esquecer de mim e viver-te esse amor acima de tudo e todos. Não vou prometer-te amor eterno, recusarei todas as juras, não incriminarei nosso amor sem meio e fim. Me preocuparei em deixar-te a lembrança do que a nos foi doce, alegre e verdadeiro, como um diminutivo de um infinito em que vivemos. Não nos cabe acreditar no certo ou errado, promessas feitas ou mal cumpridas. Só nos cabe um caminho, pelo qual vamos trilhando as nossas escolhas. Sinceramente, não sei o que vai acontecer daqui pra frente, mas não beijarei, nem transpirarei com nenhum outro como tu.
Para: Você que nunca recebeu esta carta.
Acordo atrasada, ainda embaraçada em meio a tantos sonhos. Escovo meus dentes e pulo dentro da roupa, meu bocejo é tão profundo quanto minhas olheiras, elas ainda dão margens a noite mal dormida de ontem. Sonhei com você, e com outros também. Mas nosso sonho foi tão curto... e ao acordar era o que me fazia desligar do mundo, do meu, tão somente meu em todas as manhãs, que procuro não pensar em nada mais a não ser em todos os detalhes que o amanhecer tão atarefado e sonolento me reflete pensativo até o final do dia. Não sei por que, mas adoro pegar condução bem cedinho só para sentir aquele friozinho quase glacial que me enquadra a janela. Sento regularmente no canto da direita, é porque assim o sol pode me aquecer um pouquinho mais, e ele também muito sábio, todos os dias me encontra no mesmo lugar, com as janelas bem aberta. Dai pronto, parece que o mundo começa a pintar-se para mim. Reparo a cada prédio, praia, cheiros, sinais de transito, barulhos, árvores e raízes do aterro do Flamengo. E penso no que veio antes, como e da onde surgiu tudo aquilo!? E como aquela árvore floresceu tão rápido? Está linda! Mas se bem que refiro aquela do ponto a frente, até hoje não consegui descobrir que fruto tão peculiar seria aquele. Alguém já me disse que é cacau, mas eu não acredito! E quem te disse que era? Na certa você também não sabe... Então me imagino uma bióloga, e faço minha monografia sobre este fruto tão novo, recém descoberto. Olho o mar e me imagino do outro lado daquela "linhazinha", sozinha cambaleando, na certa uma marinheira. Reparo no motorista e me ponho em seu lugar; O que eu poderia estar pensando? Tudo! Menos em lembrar o ponto em que devia ter lhe deixado. Então é melhor eu insistir em me concentrar no meu livro, tal que de preferência seja lido somente aqui, não sei, pra mim é o melhor lugar e hora para se ler, pois a medida que passo as folhas, os caminhos também eu já ultrapassei. Sinto-me tão viva! Meus neurônios parecem fervilhar
. Consigo me desligar completamente das pessoas nesses exatos 40 minutos, com trânsito ou não, esse é o momento do meu despertar e de mais ninguém! Descubro quase que um poder paranormal, ouço Wolfmother no último volume, leio e planejo mil profissões para minhas futuras vidas, é, ainda sobra espaço nisso tudo para relembrar de alguns fatos marcante, e rio sozinha no canto da direita acomodada na minha máquina de correr contra o tempo.
Ligamos nossos pensamentos e nos remetemos à infância. Nos transportamos em uma única e sublime alma em exceções, nós acabamos nos encontrando por aqui.
Ok, serei breve! Digamos que todo mundo já esteve em uma única "onda" no começo, é aquele início de tudo... E depois por cômodo nos deixamos poluir a razão. Passamos então agir cada vez mais impulsivamente e pela lei dos sentidos, assim como os selvagens, como se não tivéssemos outros caminhos a ser postos. Mas acreditem meus caros, ainda existem os raros! Os que ainda hoje conseguem mesmo que de vez em quando, manter-se "puros"¹ e ainda distinguir o falso do duvidoso. E então quando esse eclipse entre almas e razão se alinham perfeitamente, tudo vem a tona, e reflete bem ao alto para que todos possam ver, aprecia-los. Serei ainda mais precisa! O dia que isto lhe acontecer, tu não terás escapatória. Acordar? Hoje você possa vir a me dizer com toda certeza que já si despertou. Mas eu afirmo: Tu ainda não levantou da cama! Só manterdes os olhos arregalados, mas sem agir, é o mesmo que não querer enxergar.
E enfim tua máscara² cairá. E vos digo que debaixo dessa, ainda se esconde muitas outras. E todas as vezes que uma delas caírem ao chão, tu si surpreenderá e parte de você quebrará junto, tirando pelo menos uma das muitas toneladas que você carrega desde a estes teus primeiros ensinamentos fajutos. Ao se "levantar" você acaba reconhecendo tudo a sua volta; pessoas³, lugares, cheiros, éticas...
Obs¹: Puros (ao encontrar a paz).
Obs²: Máscara ( sentido amplo, modo de ser, a qual o seu eu não atingiu o auto-conhecimento).
Obs³: Algumas pessoas também já mastigaram macarrão cru e si imaginaram caipiras. Outros além, também já afinaram a ponta do macarrão afim de parecer um lápis.
Postado por
Mell Galvanho
00:52
Olá, como vai? Eu vou bem obrigada. Prefiro que me chame de Mell, tenho 17 anos e estou no meu último ano técnico em Produção Cultural e eventos.
Bem, sempre odiei blogs. Sim! Estou me contradizendo. OH!
Ou talvez só me transformo a cada milésimos de momentos que vagueiam por mim, por meus pensamentos. Tenho esse direito. O tempo me dá esse direito! Vivo pensando, amadurecendo-os, cultivando-os e por fim alternando-os.
Então aqui eu vou expor tudo isso, ou pelo menos tentar. Tudo isso que sempre foi tão difícil pra mim,"dizer aos quatro cantos" todas as coisas que me vem a cabeça. Na verdade eu sempre acho muito idiota ou sem nexo as coisas que eu penso. Mas fica martelando até a hora de eu escrever e guardar dentro da minha caixinha de sapato azul marinho. Ou então eu escrevo em um papel solto mesmo, que se acaba perdendo, no tempo e na memória. O tipo de pessoa que esquece até o nome da mãe, datas de aniversários, o fogo ligado, o dia da prova, tudo! "Uma cabecinha de passarinho essa menina..." Eu já tinha meus 3 anos e meu pai já me dizia isto. Hoje uma vez ou outra, mas continuo sendo o "passarinho".
É porque eu acabo enchendo a minha cabeça com tantos pensamentos, que esqueço da vida... das regras, da monotonia, do sapato espalhado na sala. Sabe, sempre fui assim e nunca quis que ninguém soubesse. Enquanto todo mundo ia pra rua brincar, algumas vezes eu preferi ficar em casa, pensando. Enquanto todo mundo escrevia em um diário, eu escrevia no quadro para logo depois apagar. Enquanto todo mundo tinha seus amigos pra contar os segredos, eu conversava com o espelho, ah! E ria também. Talvez tu me digas: Egoísmo. Solidão. Tristeza. Loucura. Sabe que eu também já pensei nisso? É, mas hoje eu prefiro que meu estanque seja permeável. Que aqui aja uma energia que flua, de mim para você. Me deixo e me solto completamente, só para lhe contar os segredos que não tenho, mas o meus pensamentos que valem por um bilhão deles. Então aqui não vos direis nada a mais que a MINHA verdade e tudo aquilo que me passa a cabeça, peito e baixo-ventre. Não me surpreenderei às críticas, mas ficarei honrada em perceber sua sinceridade assim como aqui vós dedicarei.